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Na edição desta segunda-feira, 20, dos Diálogos Institucionais da Associação Empresarial de São Bento do Sul, participou o comandante do 9° Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar de Canoinhas, tenente coronel Jorge Adriano Machado Gomes, para uma interação sobre a situação atual da corporação, infraestrutura, equipamentos, efetivo e prestação de contas dos recursos disponibilizados pelo município. “Atualmente o maior problema é o efetivo. Equipamentos e materiais são de ponta, graças ao convênio”, destacou. Participaram ainda do encontro, o 1° tenente BM Edmilson Duffeck, comandante da 2ª Companhia do Bombeiro Militar; e o 2° tenente BM Bruno Souza de Albuquerque.
Eles esclareceram que não existe o Funrebon na cidade e sim, um convênio com a prefeitura que arrecada as taxas. O Fundo foi considerado inconstitucional devido à uma ação civil pública, e atualmente está em julgamento no Supremo Tribunal Federal. “Hoje em Santa Catarina, São Bento do Sul é o único município que está nessa situação. Se julgado inconstitucional, o repasse será interrompido e coloca em risco a existência no quartel” contou o comandante Adriano. No município, o Governo do Estado paga apenas luz, água e Correios. “Investimentos, manutenção de viaturas e compra de equipamentos, por exemplo, são custeados pelo convênio” destacou Edmilson.
Conforme o 2° tenente Bruno Souza de Albuquerque, que realizou a apresentação, a questão da falta do efetivo não é diferente de nenhuma outra região do Estado. “O número de profissionais está caindo cada vez mais. Da mesma forma que está ocorrendo em todos os municípios, o efetivo vem caindo ano após ano com as aposentadorias dos profissionais e a não recolocação de novos” frisou.
Atualmente São Bento conta com 31 bombeiros e atuando na parte operacional são 21. “Mas destes, alguns já estão aguardando a aposentadoria. “Em breve o número será ainda mais reduzido” confirmaram. Eles informaram que em outros períodos, o município já chegou a contar com mais de 60 bombeiros. “Nós tentamos atender todas ocorrências, mas a de falta de efetivo tem prejudicado os atendimentos”. Conforme eles, o ideal seria manter de 8 a 10 profissionais por dia. “Um bom número seria entre 40 a 45 profissionais no quartel. Já chegamos a ter 17 profissionais atuando por dia”. Edmilson disse que a cidade cresceu, os acidentes aumentaram e o efetivo só reduziu. O quartel no município atende de 10 a 15 ocorrências com ambulância por dia.
A central de telefonia está localizada em São Bento do Sul, de modo a otimizar o atendimento em quarteis de menor porte, como Campo Alegre e Rio Negrinho. “Como as guarnições estão operando no limite, com apenas duas pessoas para atuar nas ambulâncias, dois para os caminhões e um no telefone, acabamos mantendo a central aqui” ressaltou. Se acontecer uma ocorrência em Campo Alegre, por exemplo, eles têm que atender a ocorrência com dois profissionais. E em Rio Negrinho a guarnição conta com três militares.
Eles destacaram o apoio dos bombeiros comunitários, porém como são pessoas que possuem outros empregos, não exercendo a atividade de forma exclusiva, dão suporte apenas nos horários das folgas. Hoje são 41 bombeiros comunitários ativos em São Bento.
Números – Segundo o sistema informatizado E-193, o quartel atendeu em 2016, 3.921 ocorrências. Das quais, 3.293 eram de atendimento pré-hospitalar, 168 incêndios e 133 resgates. Eles informaram que 90% das ocorrências são atendidas com ambulâncias. “Queda de moto acontecem praticamente todos os dias” contaram.
A arrecadação da SAT em 2016 foi de R$ 589.173,29, o repasse do convênio com o SUS foi de R$ 69.671,00, gerando uma arrecadação total de R$ 658.844,29. Quanto aos valores referentes a custeio do quartel, foi pago o valor de R$ 63.501,63 para combustível; de alimentação foram R$ 61.416,4; para manutenção de viaturas R$ 31.064,12; de material de Atendimento Pré-Hospitalar (APH) R$ 53.369,67; material resgate/salvamento R$ 5.759,00; e telefonia e dados R$ 6.302,24. O quartel no município possui duas ambulâncias, três caminhões e quatro viaturas administrativas. “Estamos licitando mais dois veículos para serem utilizados nas vistorias. Dois deles já estão com a quilometragem muito alta. Sempre com recursos provenientes do convênio” disseram.
Oxford – o posto avançado do bairro Oxford está praticamente desativado. “Hoje em dia não estamos conseguindo manter em funcionamento por falta de profissionais. Para tentar amenizar as questões voltadas à falta de efetivo, o batalhão está conversando com a prefeitura para a contratação de profissionais, custeados pelo convênio. “Estamos verificamos nesse momento a melhor modalidade” destacou o comandante.
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