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Depois da tempestade

Economista Ricardo Amorim faz palestra na Expogestão, em Joinville, e afirma que o pior da crise já passou

 Baseado em dados recentes e comparações históricas, o economista e gestor de investimentos Ricardo Amorim apresentou, na Expogestão, um cenário animador para a economia brasileira. Considerado uma das cem pessoas mais influentes do Brasil, segundo a revista Forbes, explicou como o Brasil entrou neste momento complicado, o motivo pelos quais está convicto de que o pior já passou e a certeza de que o país irá sair da crise mais rapidamente e com mais força do que a maioria acredita.

Amorim apresentou números que sustentam sua opinião otimista. Falou que para enxergar com mais clareza o futuro é necessário parar com a tendência de pensar negativamente. Para fundamentar sua posição, o economista citou alguns dados como o crescente aumento da confiança dos empresários e dos consumidores, o que gera um efeito positivo: o consumidor confiante compra mais, a indústria produz mais, gera empregos e mais renda e, assim, continua o ciclo de crescimento constante.

Para mostrar como o Brasil entrou nessa crise, Amorim apresentou dados do desempenho econômico de todos os países do continente americano nos últimos cinco anos. O Brasil só não foi pior do que a Venezuela. “Agora pausamos nossa crise e se pausamos podemos consertá-la”, afirmou. As expectativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2017 e 2018 são bastante positivas, especialmente para o próximo ano. Utilizando um gráfico que mostra a evolução do PIB nos últimos 115 anos, o economista mostrou que, em média, três anos após uma grande queda do indicador há um crescimento de 5% ao ano. E esse cenário começa a se desenhar no Brasil de forma muito clara.

As variações cambiais do dólar também apontam o mesmo caminho de melhora no cenário econômico. A moeda americana chegou a um valor alto porque o Brasil perdeu competitividade, investiu errado. A taxa de juros que estava em torno de 15% ao ano, agora já está em 11% e deve alcançar a faixa dos 7% a 8% em 2018. Os dados de emprego do primeiro trimestre também contribuem para fortalecer o cenário positivo do Brasil.

Setores como o calçadista, que estava sendo dizimado pela concorrência chinesa, começam a se recuperar. Em janeiro, o Brasil bateu recorde de investimentos em empresas brasileiras. Algo nunca visto na história. A inflação começa a diminuir, os juros caem e os bancos emprestam mais. As pessoas usam o dinheiro e compram mais. As indústrias produzem mais, geram mais empregos. A economia cresce novamente.

Também citou as oportunidades que virão, especialmente com a ascensão da classe média. Destacou o potencial do agronegócio, setor da economia que mais cresce no Brasil, e sua importância no cenário mundial, uma vez que 40% da área disponível para agropecuária está no Brasil.

E o que fazer quando a economia dá sinais de melhora? Amorim explicou que é fundamental aproveitar o momento para se fortalecer e sair na frente. Lembrou que os primeiros são os que mais crescem. Aproveitou para deixar um recado aos participantes da Expogestão: “Não desperdicem um momento de crise para crescer”. E finalizou citando um dos fatores que levam ao sucesso de uma empresa: o ‘timing’, o fazer a coisa certa, na hora certa.

 

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