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A Federação das Associações Empresariais de SC, Facisc, realizou nesta quinta-feira, 14/5, uma reunião virtual com o secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli. Participaram também o presidente da Federação, Jonny Zulauf e o diretor da Indústria, André Odebrecht. O superintendente da Facisc, Gilson Zimmermann, conduziu a live.
O secretário disse que a conversa com a Facisc é válida no sentido de escutar os anseios do setor produtivo. O Estado está em quarentena desde o dia 17/3, por decreto. E é o que outros estados vêm fazendo agora. “Foi resultado de planejamento de 20 dias antes, e por isso, Santa Catarina está na frente de outras regiões do país. A suspensão de atividades é o que o mundo inteiro vem fazendo para reduzir a velocidade da contaminação.” Disse que a cada sete dias ou quinze dias gradativamente as atividades começam a retomar as atividades. “A cada dia liberamos sempre com protocolo e fazemos a medição dos efeitos”.
A parte do Estado neste momento é na preparação do sistema de saúde e no apoio aos cuidados nos municípios. “O efeito da redução das atividades na economia é a falta de giro de vendas, desemprego e consequentemente, queda na arrecadação”. Ele alertou que a pandemia não está sob controle. “Os resultados até agora são consequência das ações realizadas até hoje”.
A Secretaria da Fazenda tem duas diretrizes em relação à economia neste momento. “Primeiro o Estado vê como de suma importância não paralisar as obras públicas. São 600 milhões em obras que precisam ser concluídas. Segundo ponto é a Liberação de crédito. Com essas duas ações, o Estado quer fazer com que SC saia mais rápido deste processo”.
Infraestrutura
O presidente da Facisc, Jonny Zulauf, indagou sobre os investimentos em infraestrutura, pois considera primordiais para o desenvolvimento catarinense. O secretário explicou que SC perdeu em 2017 a capacidade de pagamento dos seus empréstimos. Todas as dívidas estão concentradas nos próximos oito anos. “Isso impacta na infraestrutura, e estamos negociando para o alongamento da dívida e poder investir em novas obras”. As obras que estão em andamento como a conclusão da Ponte Hercílio Luz, da obra da BR-280, entre outras, são consideradas essenciais para o desenvolvimento econômico e continuarão a ser executadas.
Arrecadação
A perda da arrecadação bruta do Estado já é de mais de 1 bilhão. “Estamos trabalhando nos gargalos para que quando a economia retome, volte a pleno vapor”.
Emprego e renda
O diretor da Indústria da Federação, André Odebrecht, disse que uma das saídas para o desemprego é o incentivo ao consumo local. “Produtos feitos em Santa Catarina, devem ser consumidos dentro do próprio estado”. Ele sugeriu que o Estado crie uma política de incentivo para incrementar o consumo interno. O secretário disse que, desde o governador Kleinubing, há mais de 30 anos, o Estado vem atuando para auxiliar as empresas catarinenses. “Até fevereiro estávamos pautados desta forma, mas a partir de agora temos que construir uma nova forma política”, destacou Paulo Eli.
Feiras e eventos
Sobre as feiras e congressos empresariais, o secretário disse que tudo está interligado com a curva. Que ainda não tem como prever. “Todas as atividades que tem aglomeração de pessoas dependem de estudos”. Estão na lista, além do transporte coletivo, escolas de idiomas e outros setores”.
Arrecadação
Segundo Eli, a previsão é de queda de 25 a 30% de arrecadação nos municípios. “A previsão é perder muita receita nos próximos quatro meses”.
Segurança nos investimentos
A segurança para investir em SC foi um dos questionamentos dos empresários participantes. “Temos uma transformação que agora só vai acelerar o processo. Ou as empresas mudam o foco ou vão fechar”. Segundo Eli, a decisão de investimento se baseia em estudos. Todo o negócio que abre por impulso é muito difícil de se manter. “Nossa renda média das pessoas só perde para Brasília e SP. Todo o mundo está com dificuldade. E este é o compromisso do Estado neste momento”.
Trabalho a quatro mãos
Para Paulo Eli, quando a pandemia terminar, SC vai voar. “A única segurança que podemos dar é um ambiente competitivo, favorável aos negócios”, destacou.
A live finalizou com pedido do secretário para que a Facisc traga sugestões para a Sef. “Temos um comitê que se reúne todos os dias para discutir investimentos novos. Temos que pensar juntos em saídas para a retomada catarinense neste novo momento”.
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