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A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) apoiou inicialmente o movimento dos caminhoneiros. Porém, agora repudia a infiltração política e conclama empreendedores e trabalhadores a voltar ao trabalho.
Confira na íntegra o manifesto divulgado nesta terça-feira, 29, enviado à Presidência da República, Governo do Estado, parlamentares e demais autoridades.
AO TRABALHO
Na condição de entidade representativa de todos os segmentos empreendedores do Estado de Santa Catarina, inclusive dos transportadores em toda as suas configurações, como os autônomos, fomos complacentes com o movimento que paralisou o país na defesa de seus interesses. Em moções diretas à Presidência da República, provocamos os dirigentes em agirem com celeridade nas negociações, ratificando as denúncias em pauta.
Muitas podem ser as críticas à condução inicial do processo pelo Governo Federal, bem como ao atendimento das legítimas reivindicações originais dos caminhoneiros. As concessões do Governo, mesmo com a demora e com a evidente transferência dessas diretamente a todo o povo brasileiro, permitem o retorno à normalidade das atividades econômicas com o abastecimento e circulação de bens e mercadorias.
Os efeitos em prejuízos já se contam aos bilhões de reais, para o Estado, para a iniciativa privada e para as famílias. Urge, agora, a busca imediata da retomada de atividades, sendo inaceitável qualquer manutenção de mobilização ou alteração de foco do movimento, no sentido de inibir a retomada de todo segmento produtivo, destacadamente a comercialização de combustíveis.
Evidências de infiltrações de tumultuadores e agitadores nos movimentos legítimos havidos, com claros interesses políticos difusos, devem ser denunciados e repudiados, impondo-se, agora sim, rigor absoluto ao insustentável propósito de parar, ou manter imobilizado o país.
Em nome de todos os empreendedores catarinenses, a ordem é no sentido de rechaçar qualquer resistência em sentido contrário, inclusive exigindo dos governos, por seus órgãos competentes, que sejam aplicados os essenciais meios de reestabelecer a ordem e livre exercício de qualquer demanda empresarial, em defesa dos negócios, dos bens e patrimônios já prejudicados.
Nossas bandeiras de combate à corrupção, à ineficiência e gigantismo do Estado, em todos os seus serviços e indistintamente à todos os poderes da república que perdulariamente muito pouco fizeram ou fazem para por fim ao movimento, um grito da sociedade brasileira, visando a diminuição de custos e permanente necessidade de aumentar tributos.
Quanto às soluções do Governo ao impasse, inclusive de repassar à sociedade os ônus conferidos à malfadada Petrobrás, que já deveria estar privatizada, no constitucional princípio da concorrência e livre iniciativa, que busquem verbas em sua própria estrutura, inclusive rendas de servidores, suspendendo reajustes.
Conclamamos todos ao trabalho, com ordem e garantias que devem ser conferidas ao Governo, afastando pelas prerrogativas legais, qualquer obstáculo em permitir que o nosso povo volte a produzir e buscar o seu sustento, inclusive os caminhoneiros. Muita novas contas se acumularam e estão aí para pagar.
Jonny Zulauf
Presidente da FACISC
Jonathan Roger Linzmeyer
Presidente ACISBS
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